Era uma vez... assim começavam as histórias. Sem preocupação de realidade, ética ou estética, esses contos, onde se assistia à intervenção do maravilhoso e à recriação de mundos dominados por outras leis que não as do mundo que conhecemos, eram transmitidos oralmente através de gerações. O “fundo” era único, simples, fluido, mas as palavras eram do contador, sem que se perdesse o essencial da história. Eram contos maravilhosos, contos de fadas, contados e recontados de muitas formas diferentes e exaustivamente analisados pela literatura e pela psicologia.
"Espelhos Partidos conta a história da paixão vivida por Flávia, uma adolescente de quinze anos, por um homem que tem o dobro de sua idade. Manipulada pelo egoísmo e pela momentânea falta de sensibilidade de Júlio, essa paixão nasce, cresce e evolui em encontros secretos, dentro de uma aura de proibição, o que, por si só é suficiente para envolver uma garota romântica às antigas como Flávia.
Nesta história, Flávia viverá duas faces do amor. Enquanto Júlio corresponde a todo entusiasmo de um amor novo, ela se considera a mulher mais feliz do mundo. Mas, um dia, tudo termina... Partem-se os espelhos, as crenças que a amparavam, e ela se vê perdida.
Flávia se perde por muito amar, mas é também por muito amar que ela se olha e se rebela, se descobre, se revela e aprende: ao amar, não podemos esquecer quem somos!"